Pedacinhos de saudade
Há quem diga que não se mistura Carnaval com Religião.
Pois é!!
Alguns carnavalescos estão tentando associar – hora dá certo, hora não dá!
Eu misturei. Se deu certo, eu não sei....
Só sei que essa mistura acontece e funciona muito bem dentro de mim...
Muitos sabem que muito da minha experiência musical, vem de anos servindo no Ministério de Música da Igreja Católica. Quando adolescente e jovem atuei como Ministra da Música e o sou até hoje.
Posso não estar. Mas sou!
Final da Matiné, em pleno sábado de Carnaval, como sempre, aproveitando o tempo e as brechas que o tempo me oferece, findo meu Show e vou direto para a missa.
Capelinha pequena, cuja padroeira-mor (Nossa Senhora Aparecida) proporcionou toda extensão da alegria emanada durante todo o dia festivo.
Após os momentos solenes de celebração, ao me levantar, reparei que de mim saíam inúmeros confetes!!
Isso mesmo! Aquelas bolinhas coloridas no banco onde eu estava, meu lugar, caíam aos montes. Meu cabelo estava lotado de confetes, as dobras da camiseta, a bolsa e eu nem olhei mais pra ver de onde mais saíam os “pedacinhos de saudade” ....
- Saudade?
- Não!!!!
- Vergonha!!!
- Cruz Credo!! (literal)
Ia sair às pressas. Pensei:
-Pra quê?
Se ainda fosse quarta-feira de Cinzas, tudo bem.! Mas é sábado e é carnaval!
Não sei agora ao certo qual é o santo padroeiro do carnaval. Mas ofereci a ele os confetes que deixei lá naquele banco.
Confesso que nunca mais voltei àquela Capela tão linda, mas sempre me volto para Deus e para as folias ao mesmo tempo. Até porque são as brechas que o tempo me dá, que me fazem entrar nessas aventuras.
E Deus me permite sair!